terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Ciao Roma




 




 

 
 
 
Sabe-se lá como, mas conseguimos levantar cedo, ir deixar as cadelas ao hotel canino, vir de lá com o coração apertado, fechar malas, chegar a Lisboa. E depois chuva - frio - vento - calor insuportável de aeroporto - fresquinho de avião e finalmente Roma!
Mas, só para não acharmos que a coisa agora ia correr bem, o nosso anfitrião tinha o telemóvel desligado e pronto, às onze da noite, dois enfermos encontravam-se ao frio e à chuva, sem jantar e sem sítio para dormir.
Para não começarmos logo a panicar achámos melhor ir provar o vinho italiano. Assim que vimos um wine bar (é mesmo assim, que aquilo é tudo gente muito fashion*) sentamo-nos e mandámos vir. Claro que numa altura destas não me ocorreu perguntar preços. Resultado: 6 euros o copito. Então e vinha cheio, né? Claro que não. Era assim uma quantidade do género de... vá, um bocado mais do que uma bica. Vèro! Mas tudo bem. Assim inaugurámos mais uma época de enfardanço: cappuccino, vinho, café, pizzas, pasta, crepes, gelados. Para quê resistir?
A boa notícia é que entretanto o nosso anfitrião ligou! A outra boa notícia é que ou os romanos se esqueceram de tirar a decoração de Natal ou então aquilo é mesmo assim, mas o que é certo é que as luzinhas ficam bonitas acesas à noite e estão por toda a cidade.
E a terceira boa notícia é que o apartamento que alugámos era exactamente como tínhamos visto nas fotografias: minúsculo e acolhedor. A casa-de-banho era quase tão grande como o resto do apartamento. Por ser pequeno, bastava ligar o aquecedor no mínimo para aquecer a casa toda e assim não passámos frio nenhum. Ficámos num bairro característico perto do rio, o que facilitou bastante as deslocações e andámos sempre a pé. Por isso é que passávamos o dia a comer.
 
 
 
 
*Aliás, os italianos são tão fashion que no ponto de controlo de bagagem no aeroporto, uma miúda descarrega metade da lata de laca pela cabeça abaixo antes de passar a segurança e ter de mandar a laca para o lixo. Não sei ela teve medo que alguém se lembrasse de abrir a janela no avião e com isso lhe desgraçasse o penteado, mas eu, que estava mesmo atrás dela e enferma, inalei aquela porcaria acidentalmente e entre a tosse e a risota incontrolável ia cuspindo um pulmão.