Era para ser um espécie de uma segunda lua-de-mel e comemoração de aniversário tudo junto. Mas, na noite imediatamente anterior à partida, o Homem ficou adoentado e logo a seguir eu juntei-me à festa com uma daquelas tosses de caixão à cova que não deixa ninguém indiferente num raio de 3 quilómetros.
Depois de uma noite praticamente em claro, foi com muitos benurons e cheios de frio que nos conseguimos arrastar até Lisboa e daí para o aeroporto. Foi extremamente romântico: eu espirrava e tossia, ele contorcia-se com dores de estômago e ia enfiando gaviscons goela a baixo a cada passo.
Valeu-nos o sentido de humor, ainda que um bocadinho forçado, o companheirismo, espírito prático e a certeza de que, fosse como fosse, nos havíamos de divertir. Ah! Espera lá! Seria por já estar doente que só levei dois pares de botas e precisamente aquilo de que precisei para a viagem, sendo que consegui fazer com que coubesse tudinho numa mala de cabine, e até sobrou espaço? Deve ter sido.