quinta-feira, 12 de maio de 2016

Sintra: se chover muito, sentem-se à mesa e comam

Fim-de-semana de romance e com planos para muitos passeios.



 
Mas a chover a potes no Sábado, resolvemos dedicar-nos à boa comidinha.
Para o jantar de Sábado que era "O jantar" da comemoração, ignorámos todas as recomendações da nossa anfitriã do Airbnb, que consistiam naqueles restaurantes com fotografia de comida de plástico pespegado na montra, e fomos em peregrinação numa demanda pelo restaurante dos nossos desejos: pratos pouco habituais, variedade de escolha, espaço acolhedor, pessoal simpático, preço médio.
A Romaria de Baco tem isto tudo. E ainda vinho a copo. Não há fotos. Que nós gostamos de comer e conversar. E não dá tempo para tudo.
 
Romaria de Baco fachada
Foto daqui
O que comemos
Entradas: Pão com tomate (à espanhola); folhado de queijo chèvre com presunto
Prato principal: Strudel de legumes com queijo brie e salada; bifinhos de perú grelhados em crosta de batata gratinada
Sobremesa: Bolo gelado de chocolate com caramelo e morango
 
O tomate da entrada era fresquíssimo e leve. Dava vontade de comer colheradas daquilo. Os bifinhos podiam ter sido um erro, mas não. Não estavam encharcados em molho, mas a carne não estava seca e era tenra. E como são apresentados pressupõe que se provem juntamente com a batata gratinada. A junção dos sabores completa-se extraordinariamente.
Ah... e o bolo gelado. Era a textura, senhores, a textura. Digamos que nem toda a gente lá chega. (Mas eu acredito no teu talento, P.) Não era tão densa como um bolo, nem tão suave como um gelado. Andava ali no meio termo e o contraste com o morango... Também havia bolo gelado de natas com chocolate, e estivemos tão perto, mas fica para a próxima.
 
As doses são à medida certa e eu, que salto sempre a entrada para me poder desgraçar à vontade com o prato principal e a sobremesa, desta vez tive direito a tudo.
O atendimento é excelente. O pessoal é simpático e honesto. Por exemplo, avisaram-nos logo que o pato... na verdade... o magret de pato com esmagada de batata doce ia demorar mais de uma hora. Vamos ter de lá voltar... que maçada!
O espaço é acolhedor e intimista. Por acaso a luz não ajuda muito à foto. Ainda tentei, é verdade.
Ora, isto, fazendo contas, com dois copos de vinho, águas e café deu 46 euros. Também deu duas pessoas imensamente felizes com a escolha e com vontade de voltar.



E na manhã seguinte, brunch no Café Saudade. E mais um sítio com pessoas simpáticas. Nem queria
acreditar na minha sorte depois do episódio da véspera na Ericeira Surf Shop (para outras núpcias).
Ora, aqui, a senhora que nos atendeu foi suficientemente perspicaz para cruzar o meu ar guloso e lambão com o tamanho da minha barriga e fazer as contas ao espaço diminuto do meu estomâgo. Logo, recomendou que pedíssemos só um brunch para os dois. E tinha razão. Foi com muita pena que tive de desistir de uma fatia de bolo de chocolate com frutos vermelhos. 'Tá visto que também vou ter de lá voltar.


Escolhemos o menu doce que incluía galão, sumo de laranja, uma fatia generosa de bolo caseiro fofinho, amarelinho e delicioso, uma tosta mista em pão lêvedo que é ligeiramente adocicado e combina na perfeição com o queijo e o fiambre, um scone gigante morninho e estaladiço para saborear com manteiga ou doce de morango e parfait de iogurte com granola, frutos secos, mel, papaia e manga (verdadeiras, não de lata). E café.  Por 14 euros.
Nop. Também não há fotos da comida. Comemos devagar e conversámos. Para quem quiser muito, muito, há aqui.
 
 
 
 
 

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