segunda-feira, 12 de outubro de 2015

A vida inteira

Não. Não tenho fotos, porque eu fui lá para ver e ouvir e lembrar-me daquele momento para sempre.

Comecei a ouvir Dave Matthew's Band aos 17 anos. Só ontem fui a um concerto. É caso para dizer que esperei a vida inteira para ver ao vivo e em directo a banda que me acompanhou a maior parte da vida.
O álbum da fotografia foi o primeiro que comprei. As três últimas músicas já não se conseguem ouvir, de tanto que este cd foi tocado.
Foi com Dave Matthews's que aprendi a apreciar o som dos instrumentos de sopro. E que aprendi a gostar da música pela música.
O "O Observador" escreve que a banda está cada vez mais afinada. Mas não é isso. Ou não é só isso. É possivelmente a banda mais completa de sempre quando pensamos em todos os elementos que compõe uma cancão: a harmonia, as letras e a voz, sem refrões repetitivos. Tudo isso se conjuga num som complexo e a lembrar a grandeza das big bands de Jazz.
E o saber estar em palco.
E depois foram quase quatro, sim 4, horas de concerto. Há que ter todo o respeito do mundo pelos músicos que decidem que o dinheiro que gastamos no concerto há-de valer cada minuto de trabalho.
Os concertos em Berlim e em Copenhaga já estão esgotados.
 
 
 
                                                 E ao vivo em Central Park em 2011

E como é que eu consegui ver todos os músicos o tempo todo? Muito fácil!, ou muita sorte. Fiquei atrás de um senhor baixo e entroncado, que tinha uma companheira também baixinha. Ora, este senhor devia saber Krav Maga ou coisa parecida, porque com a confiança de um soldado de uma tropa de elite afastou do seu campo de visão, e por consequência do meu, tudo o que era malta mais alta e cabeçuda.

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