Diz que a vida no campo é muito mais descansada do que a vida na cidade. Não sei para quem. Entre o horário de trabalho, a coluna para o jornal "Sol", os não-sei-quantos projectos de pinturas e demolições e faça você-mesmo cá em casa, a ida semanal obrigatória à praia (pelo menos, para depois não me andar a lamentar quando chegarmos ao Inverno), mais o raio da hortinha, mais as centenas de ideias para o blog que acabam por ficar a meio, mais os projectos de fotografia que nunca chegam a ver a luz do dia, não me sobra tempo para nada. Até as idas à praia são a correr.
Quando nos mudámos para esta casa fiz questão de comprar uma cama de rede para a varanda. Dos meus plano faziam parte passar a manhã ali refastelada a ler, dormitar ao sol ao fim da tarde ou a tarde toda no Inverno debaixo de uma mantinha. Passado um ano e pouco devo ter-me sentado na dita cuja para aí uma três vezes. E só não comprámos duas, uma para cada um, porque fomos ao Ikea com um orçamento limitado. Se tivéssemos comprado a segunda agora tinhamos duas camas de rede que ninguém usa.
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