...que despertam a terrorista em mim.
Para começar mesmo bem o dia, eu e a Tédi íamos sendo atropeladas na passadeira por uma condutora que vinha a olhar para o telemóvel. Apeteceu-me logo atirar a poia fresquinha e acabada de apanhar da Ben para o vidro da frente do carro.
Quase logo a seguir pedem-me 20 euros pela afinação do esquentador, que demorou cerca de 40 minutos. Mas afinal quanto é que esta gente ganha à hora? E acabei de me lembrar que nem sequer pedi factura. Se bem que ainda vou a tempo porque ainda não paguei. Pronto, menos mau. Então vão ser 20 euros com factura, se faz favor. Não há factura? Olhe, não há facturinha, não há dinheirinho!
A seguir rumo à casa do povo para tratar da segurança social. Sim, só pode ser à quinta que é quando cá vêm as senhora da segurança social de Alcácer, não parece mas isto é uma ilha. Mas bato com o nariz da porta. Mentira. Só não bati com o nariz na porta porque uns velhotes se puseram a gritar "Ó menina olhe que 'tá fechado" antes de eu me conseguir aproximar o suficiente para ler o papel colado na porta com fita-cola e com o aviso de greve. Vieram-me uma série de maldades à cabeça, umas bem mais divertidas do que outras.
Mas de que raio se queixa o pessoal da casa do povo? Será do vínculo permanente à entidade patronal? Do dinheiro certinho na conta no final do mês? Da reforma a que com certeza ainda vão ter direito? Não me lixem, pá e vão mas'é trabalhar!
A única coisinha que salvou o dia foi o jogo de lençóis térmicos que comprei no supermercado e que contra todas as previsões, não só consegui que me desencantassem um padrão menos azeiteiro como couberam perfeitamente na cama.