sábado, 20 de dezembro de 2014

Évora


 
 

 





 



 
Acho que devemos ter escolhido o dia mais frio do ano. Céu nublado, muita humidade e frio tão cortante que deixava as mãos enregeladas em segundos. Estivemos quase a ficar em casa mas como este Inverno prometi a mim mesma que não me ia enfiar em casa a tremer de frio, resolvi, ou resolvemos vá, ir tremer de frio para Évora. O chato é que com o vai-não vai e o sair-não sair já eram horas de almoço quando finalmente fechámos a porta de casa e nos enfiámos no carro. Tudo normal, portanto. Por isso, tivemos de almoçar no primeiro restaurante que encontrámos, literalmente. Comida tradicional alentejana mas agora o nome... nenhum de nós fixou.
Como estava um frio de rachar só parámos para entrar em lojas, para nos aquecermos um bocadinho e num bar para beber um chá quente. Mas, de resto foi sempre a andar e só agora percebo que tirei pouquíssimas fotografias. O que foi pena porque Évora é uma cidade encantadora. Há muita história por todo o lado (sim, eu sei que é património mundial) e isso faz-me falta. Muita cultura. Uma livraria pequenina com café, daquelas que parece saída de Londres. Muitas lojinhas, das tradicionais àquelas retro-modernas-chique e caríssimas que vendem principalmente produtos e (in)utilidades portugueses, às outras mais main stream. E o melhor de tudo, finalmente!, barros e cestos, muito cestos! Infelizmente não trouxe nada, porque como disse foi sempre a andar e até me pareceu que uma certa pessoa acelerou o passado mal eu avistei umas certas tacinhas de barro. Mas adiante!
A paragem para o chá foi num pequeno bar com o tecto em arcada em pedra que costuma ter música ao vivo. O palco minúsculo tinha espaço só para uma pessoa e uma guitarra. Acho que isso já não se vê em lado nenhum, pois não? 
A única desvantagem é só mesmo o facto de não haver praia perto, mas já me imaginava a viver em Évora.